Tipos e Técnicas de Animação

Existem diversas técnicas de animação, sendo, ultimamente, classificadas comumente como 2d e 3d. Para uma melhor compreensão de cada uma delas, há aqui uma breve explicação sobre suas características e termos usados para defini-las. Não esqueça de verificar o item “cursos” para saber os programas e datas oferecidos pelo IGAT.

• Clássica (ou tradicional): técnica de desenho animado feita à mão-livre com a utilização de materiais como papéis, lápis e canetas. Antigamente usava-se folhas de acetato para sua colorização e composição de movimentos. Com a inserção dos computadores nas produções audiovisuais, tais tarefas vêm sendo realizadas através de softwares específicos que dispensam o acetato.

A base de todas as formas de animação é oriunda da animação clássica, utilizada para criar a indústria da animação desde os seus primórdios no início do século XX.

Exemplos de animações clássicas:

No cinema: Branca de Neve e os Sete Anões, O Corcunda de Notredame, entre tantos outros.

Na TV: As obras dos estúdios Hanna-Barbera (Corrida Maluca, Zé-Colmeia, Os Flintstones, Os Jetsons, etc), as inesquecíveis produções da Warner (Pernalonga, Patolino, Gaguinho, Papa-léguas) e muitas que ainda são apresentadas atualmente na TV ou são facilmente encontradas em DVD, como Os Simpsons, Pókemon, He-Man, Thundercats, Caverna do Dragão...

A lista é enorme e como no IGAT adoramos praticamente todos, citamos apenas alguns exemplos.

• Digital 3d: forma de animação digital originada de softwares 3d como o Autodesk 3ds Max, utilizado pelo IGAT. Produzidas no computador, adicionam a ilusão de profundidade às duas outras dimensões (altura e largura) da animação clássica. As dinâmicas de movimento desta técnica e da clássica são as mesmas (quando feitas diretamente pelo animador e não através de recursos como captura de movimento e/ou captura de performance), mas a composição de personagens é bastante diferente, uma vez que os recursos digitais crescem a cada dia, atingindo, muitas vezes, o hiperrealismo.

A animação digital 3d tem sido escolhida como favorita em produções para o cinema, surgindo diversos novos filmes feitos baseados nesta forma de animar, como exemplificados a seguir. Ela vem também se tornando obrigatória, e muitas vezes predominante, em técnicas mistas e na criação de efeitos especiais (citados a seguir) por sua capacidade de simular visualmente a realidade.

Exemplos de animação digital 3d:

No cinema: todos os longa-metragens da Pixar (de Toy Sory a Wall-E), da PDI (como Shrek e Kung Fu Panda, por exemplo) e da BlueSky (os dois "A Era do Gelo" e Robôs), além dos produzidos pela Image Movers Digital (O Expresso Polar, A Casa Monstro e A Lenda de Beowulf) entre outros como Final Fantasy VII, da Square Enix Co.

Na televisão: As produções da Rainmaker (como Reboot, Homem-Aranha a série animada, Hot Wheels Accelerator e os longa metragens em DVD da personagem Barbie) e seriados como Bratz, Starship Troopers e Max Steel.

Uma terceira (e fortíssima) vertente das animações digitais 3d se originou no mercado de jogos. Desde simuladores aos de ação em primeira pessoa, o desenho animado em três dimensões é responsável por jogos tanto para PC quanto para vídeo-games, entre outros dispositivos.

Há ainda mais uma importante aplicação. Por sua capacidade de simulação visual da realidade, a animação digital 3d vem sendo amplamente utilizada para efeitos especiais em filmes de ação real ou integração de personagens simulados com atores. Exemplo desta última aplicação são os filmes da trilogia O Senhor dos Anéis, através do personagem Gollum, e Homem Aranha, onde várias vezes o herói na tela é uma construção virtual.

O campo de atuação do profissional em 3d digital é bastante amplo, motivo pelo qual o IGAT destina tantos recursos em técnicas, equipamentos e programas de aula aos cursos destinados a tal.

• Stop-Motion: mais conhecidas como “claymation” ou “animação de massinha” (mesmo quando não, necessariamente, se utiliza tal material), as técnicas de stop-motion são aquelas em que bonecos e maquetes são utilizados para compor personagens e cenários. Pequenas mudanças de movimento são fotografadas para posteriormente compor um filme quando rodadas em seqüência.

O mesmo processo é usado em animações de recorte. Personagens são compostas a partir de recortes de papel e fotografadas após pequenas mudanças de movimento.

No caso dos bonecos, a animação stop-motion também transmite a impressão de profundidade, sendo classificada também de 3d. Daí ser a animação 3d por computadores classificada como digital, sendo a de bonecos 3d analógica.

Exemplos de stop-motion são as produções do estúdio Aardman, como Fuga das Galinhas e os filmes dos personagens Wallace & Gromit.

• Digital 2d: a computação possui recursos de animação que não apenas em 3d. A animação digital 2d muitas vezes é confundida visualmente com a animação clássica, principalmente quando esta última é colorida digitalmente.

Esta técnica consiste em criar personagens 2d via gráficos computadorizados, mas suas formas de animação estão muito mais próximas às técnicas de stop-motion, através dos recortes, do quê ao desenho feito a mão-livre da clássica.

É muito comum encontrar animações digitais 2d em charges e anúncios da internet, realizadas principalmente através do software Adobe Flash, bem como diversas produções para a televisão que utilizam softwares específicos como o Toon Boom.

• Técnica Mista: constitui-se da utilização de duas ou mais maneiras de produzir animação em um único filme. Com a simulação visual de animação clássica atingida pelos softwares 2d e 3d, muitas vezes não se percebe a utilização de técnicas mistas em uma determinada produção. Isso também ocorre em animações stop-motion que muitas vezes recebe personagens ou efeitos especiais oriundos de desenhos digitais.

Exemplos disso são encontrados na série Liga da Justiça, onde as naves e a torre são em animação digital 3d, enquanto os personagens são de animação clássica. No filme Os Simpsons exemplo semelhante ocorre com os cenários e os veículos.